Três homens e duas mulheres ligados à actividade médica e
farmacêutica foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de
falsificação de documentos e burla qualificada, tendo lesado o Estado em mais
de um milhão de euros.
Os detidos passavam receitas
fraudulentas para medicamentos comparticipados em grandes percentagens pelo
Estado e apropriavam-se dessa quantia comparticipada, segundo afirma a PJ em
comunicado. Até ao momento, foi apurado um prejuízo “superior a um milhão de
euros”, diz a mesma nota.
A detenção ocorreu na sequência de
uma investigação levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da
PJ, em colaboração com o Ministério da Saúde. Nessa investigação foram
realizadas 21 buscas a residências onde eram praticadas as fraudes e a
viaturas. Foi também apreendido material relacionado com a actividade criminosa
e ainda cinco viaturas, que terão sido adquiridas pelos suspeitos com o
dinheiro resultante dos crimes.
Os detidos têm entre 42 e 70 anos
e vão ser ainda nesta quinta-feira presentes a tribunal para primeiro
interrogatório e aplicação das medidas de coacção. A PJ promete continuar a
investigação para “determinar, com rigor, todas as condutas criminosas, o seu
real alcance, bem como o prejuízo total delas decorrente”.
Já no ano passado, em
Junho, a PJ desmantelou, através da operação Remédio Santo,
outro esquema de fraude e falsificação de documentos que envolvia dois médicos,
cinco delegados de informação médica, dois armazenistas e uma pessoa que fazia
a ligação entre os restantes elementos do grupo. Os dez detidos terão lesado o
Estado em cerca de 50 milhões de euros.
FONTE:
Publico
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