terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Exame para técnicos de contas anulado por conter respostas



  
O exame de admissão à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas (OTOC) foi parcialmente anulado por algumas perguntas de escolha múltipla incluírem também as respostas. Em declarações ao Jornal de Notícias, o bastonário da OTOC assegurou que se tratou de “erro humano” e que, por isso, “vai ser instaurado um inquérito”.

Os mais de mil licenciados que no sábado faziam o exame de admissão à Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas ficaram surpreendidos quando verificaram que algumas das perguntas de escolha múltipla tinham incluídas as respetivas respostas corretas. Este erro, o “primeiro em nove anos”, garante o bastonário da OTOC, vai levar à abertura de um inquérito “para apurar a origem da falha de forma a que nunca mais se repita”.

Para compensar os examinandos que se deslocam às respetivas capitais de distrito e regiões autónomas para realizar o exame, a OTOC está a ponderar pagar as deslocações para que seja realizada novamente a segunda parte do exame, referiu o bastonário Domingues de Azevedo.

O exame em causa tinha três versões diferentes – A, B e C – e estava dividido em duas partes. Tudo decorria de forma normal até que os examinandos com a versão C chegaram à segunda parte do teste. Nesta, as respostas corretas estavam sombreadas. Domingues de Azevedo explicou ao JN que as respostas do exame “são sombreadas, o problema é que na versão C esqueceram-se de tirar do computador esse elemento diferenciador”.

Por seu lado, os examinandos consideram  este erro “uma vergonha” e garantiram que “muitos foram prejudicados e há quem se tenha deslocado de outros países, como a Suíça, para fazer o exame”.

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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

PJ detém cinco suspeitos de fraude de mais de um milhão de euros


Três homens e duas mulheres ligados à actividade médica e farmacêutica foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ), por suspeita de falsificação de documentos e burla qualificada, tendo lesado o Estado em mais de um milhão de euros.
Os detidos passavam receitas fraudulentas para medicamentos comparticipados em grandes percentagens pelo Estado e apropriavam-se dessa quantia comparticipada, segundo afirma a PJ em comunicado. Até ao momento, foi apurado um prejuízo “superior a um milhão de euros”, diz a mesma nota.
A detenção ocorreu na sequência de uma investigação levada a cabo pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ, em colaboração com o Ministério da Saúde. Nessa investigação foram realizadas 21 buscas a residências onde eram praticadas as fraudes e a viaturas. Foi também apreendido material relacionado com a actividade criminosa e ainda cinco viaturas, que terão sido adquiridas pelos suspeitos com o dinheiro resultante dos crimes.
Os detidos têm entre 42 e 70 anos e vão ser ainda nesta quinta-feira presentes a tribunal para primeiro interrogatório e aplicação das medidas de coacção. A PJ promete continuar a investigação para “determinar, com rigor, todas as condutas criminosas, o seu real alcance, bem como o prejuízo total delas decorrente”.
Já no ano passado, em Junho, a PJ desmantelou, através da operação Remédio Santo, outro esquema de fraude e falsificação de documentos que envolvia dois médicos, cinco delegados de informação médica, dois armazenistas e uma pessoa que fazia a ligação entre os restantes elementos do grupo. Os dez detidos terão lesado o Estado em cerca de 50 milhões de euros.


FONTE:
Publico