quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Plano Estratégico de Combate à Fraude e Evasão FiscaI



CONTEXTO DA ACTIVIDADE DA INSPECÇÃO TRIBUTÁRIA
A atividade de controlo caracteriza-se por um contínuo ajustamento ao panorama macroeconómico, apresentando resultados muito favoráveis nos principais indicadores da sua actividade. Assim, nos últimos 6 anos, realizaram-se, por ano, em média, 128.755 acções de controlo distribuídas da seguinte forma:
 

Durante o período de 2005 a 2010, o valor médio das correções às bases tributáveis declaradas pelos contribuintes ascendeu a 4.458 M€, destacando-se as correções efetuadas em 2009 e 2010 em que os valores ascenderam a 6.823M€ e 5.640 M€, respetivamente.
Realce-se que o peso das regularizações voluntárias no período em análise se situou nos 30%, sendo que em 2010 esse valor ascendeu a 43%.
No tocante ao imposto detetado em falta, o valor médio corrigido pela Inspeção Tributária ascendeu a 930 M€ por ano, com um valor máximo de 1.244 M€ em 2009 e um mínimo de 724 M€ em 2005. Das correções efetuadas ao imposto em falta, 24% foram objeto de correção voluntária por parte dos contribuintes.

OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS
1 -Promover o cumprimento voluntário e verdadeiro das obrigações fiscais, implementando práticas cuja finalidade se traduza em acréscimo efetivo de risco para os sujeitos passivos não cumpridores
  • Otimizar a qualidade das ações inspetavas através do desenvolvimento de metodologias de análise;
  • Privilegiar inspeções externas de pessoas coletivas;
  • Privilegiar inspeções a exercícios / anos mais próximos;
  • Identificar e ter atuação consequente relativamente a sectores de risco;
  • Detetar o incumprimento formal e substancial das obrigações declarativas e de entrega de imposto;
  • Dinamizar e incrementar a cooperação com outras entidades inspetivas, bem como com o ministério público, com a pj e ainda com outras administrações fiscais;
  • Harmonizar procedimentos de atuação
2- Otimizar a utilização das tecnologias, visando a crescente eficácia das ações desencadeadas, bem como a excelência da qualidade do serviço prestado
  • Otimizar os resultados das ações inspetivas através da seleção eficaz de entidades a inspecionar;
  • Dinamizar a utilização das novas ferramentas de seleção de contribuintes e de deteção das práticas de incumprimento fiscal;
  • Dinamizar a utilização de novas ferramentas de acompanhamento do cumprimento fiscal;
  • Dinamizar a auditoria informática;
 3 -prevenir e combater a fraude e evasão fiscais e aduaneiras
  • Adotar práticas de recolha de informação de prevenção e correção;
  • Implementar mecanismos automáticos de identificação de padrões de comportamento fraudulento;
  • Detetar contribuintes não registados ou com incorreto enquadramento fiscal;
  • Concentrar a atuação da it nas situações de maior complexidade e que exigem análise e investigação “no terreno”
  • Resumo das medida a meu ver mais importantes do ponto de vista da IT 
3.3.14. METODOLOGIAS DE INSPECÇÃO
73- Introduzir a obrigatoriedade da análise do ficheiro SAF-T nas metodologias de inspeção.
75- Criar monografias sectoriais para apoio à criação de novas metodologias de auditoria adaptadas aos diferentes sectores de atividade.
77- Desenvolver metodologias de inspeção adaptáveis à dimensão das entidades inspecionadas
79- Intensificar o uso das técnicas de auditoria assistidas por computador
80- Desenvolver metodologias baseadas em técnicas de auditoria forense com o objetivo de detetar fraudes que visam omitir registos de vendas (através dos designados “zappers” ou “phantom-ware”) ou registos paralelos de contabilidade.
81- Reforçar as competências da inspeção tributária em auditorias em ambientes informatizados

3.3.16. NOVAS FUNCIONALIDADES INFORMÁTICAS
85- Melhorar a Infraestrutura tecnológica, de forma a tornar mais eficiente a capacidade de resposta do sistema (redução do tempo de resposta).
86- Renovar o hardware, quer nos Serviços Centrais, quer nos Serviços Regionais da Inspeção.
87- Desmaterializar progressivamente o processo de inspeção tributária

3.3.17. RECOLHA DE INFORMAÇÃO
89-Garantir a disponibilização de forma atempada e fiável da totalidade das fontes de informação da administração tributária nos sistemas de informação da IT
90-Reduzir o limite do valor a partir do qual os sujeitos passivos estão obrigados a entregar os mapas recapitulativos de clientes e fornecedores.
92-Criar um repositório de ficheiros SAF-T.

3.3.18. COMUNICAÇÃO ENTRE AS VÁRIAS UNIDADES ORGÂNICAS
93- Incrementar a divulgação das informações com interesse doutrinal e, em particular, as informações vinculativas, implementando mecanismos de pesquisa eficientes.

3.3.21. JUSTIÇA TRIBUTÁRIA
98- Implementar um sistema de informação, em matéria de contencioso tributário, que permita aos serviços de inspeção conhecer as alterações aos valores inicialmente corrigidos e, em consequência, avaliar a qualidade da sua intervenção.

3.3.22. PLANEAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA IT
100- Criar equipas regionais de planeamento e coordenação para ligação com os serviços centrais e equipas locais.
101- Organizar as Equipas de Inspeção em função de sectores de atividade económica
102- Criar equipas especializadas na realização de controlos preventivos

3.5.1. MELHORIA DOS RELATÓRIOS DE INSPECÇÃO, DIREITO DE AUDIÇÃO E RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
 120- Implementar um sistema de análise das decisões judiciais cuja matéria contestada resulte de liquidações adicionais promovidas pela Inspecção Tributária, divulgando as consequentes recomendações à Inspecção Tributária.
121- Criar um sistema de apoio à fundamentação, tendo em vista uma melhoria da qualidade da fundamentação e uma harmonização de actuação, nomeadamente através da elaboração de metodologias de inspecção e estruturas de fundamentação relativamente às diversas matérias fiscais e/ou sectores de actividade.
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