Efetuei um pequeno resumo das despesas e receitas orçamentadas
para 2012 e 2013.
Verifica-se claramente que o grosso da despesa não são, ao contrários do que vários analistas/comentadores tentam vender na praça pública,despesas com salários, saúde e educação.
O grosso da despesa é o serviço da divida (67% do total dos
encargos).
Sejam prazos, juros ou montantes algum reajustamento terá
inevitavelmente de ser efetuado.
Por mais que emagreça o estado,numa época de recessão económica, nem com um estado anorético lá chegaremos sem renegociar a divida.
Esta posição inicialmente de partidos de esquerda (PC e Bloco), vai ganhando cada vez mais "adeptos", veja-se Miguel Cadilhe.
Como alguém afirmou “Um governo que não pondere alternativas,
neste tempo difícil, além de preguiçoso
é irresponsável”.
Se fosse crente estaria esperançado
que este governo o faça “ no recato
institucional, entre as instituições e não na praça pública” conforme sugere o
cadilhe.
No entanto como sou
agnóstico com uma tendência crescente para ateu, que muito devo ao Gaspar, por isso…
… A VER VAMOS.
NÃO CONCORDO !!! NÃO DEVEMOS RENEGOCIAR A DÍVIDA COMO FEZ A GRÉCIA, POIS É ENTENDIDO COMO INCUMPRIMENTO DO PAÍS E VEJA-SE NO QUE DEU !!! TEMOS DE SEGUIR É O CAMINHO DA IRLANDA QUE CUMPRIU O MEMORANDO E NÃO RENEGOCIOU A DÍVIDA E AGORA ESTÁ QUASE LIVRE DA TROIKA E A CRESCER !!!
ResponderEliminarCaro Anónimo:
ResponderEliminarO problema Irlandês nada tem de semelhante com o Grego e Português.
O Problema Irlandês foi o resgate à banca, a Irlanda não tinha, nem tem, à décadas um problema estrutural de falta de crescimento.
O estado Irlandês teve de pedir ajuda não por uma questão de desequilíbrio de finanças públicas, per se, como Portugal, mas porque “optou” salvar o seus sistema financeiro.
Ao contrario do que se diz na TV a natureza do problema português tem muito pouco de parecido com o Irlandês, tem as mesmas origens ( não a dimensão) que a questão grega.
“NÃO DEVEMOS RENEGOCIAR A DÍVIDA COMO FEZ A GRÉCIA “
Como fez a Grécia, concordo.
A Grécia deixou "andar" o problema e quando assumiu a sua real dimensão já era tarde.
Espero que não nos aconteça o mesmo.
A renegociação grega não foi mais do que um não pagamento da divida o chamado “air cut”.
Entre não pagar e renegociar prazos e montantes esta um oceano de distancia e credibilidade.
Diga então como propõem pagar e/ou reduzir a divida ( em % do PIB, pois os objetivos assim foram estabelecido),com um juro médio admitamos de 3% e com um crescimento do PIB entre -1% a 1% (sendo otimista).
Para melhor basear a sua resposta:
"No final de 2011, a dívida portuguesa ascendia a 189.731.044.443€ , de acordo com dados divulgados pelo Eurostat e reproduzidos pelo BdP. Este valor, equivalente a 107,8 por cento do Produto Interno Bruto (PIB)."
Não podemos comparar o incomparável.
A ideia de "refundar o estado" pode contribuir, convém e todos estarmos cientes das reais implicações do termo e do corte de 4.000.000.000€ terão no tecido social e económico do pais.
" Que interessa resolver o problema da divida do estado se depois estamos todos mortos" disse a Drª Manuela Ferreira Leite.
A real questão não é só como resolver o problema da divida, mas também e principalmente como garantir a viabilidade do pais.
Estou, no entanto, aberto a outras soluções que tecnicamente se mostrem viáveis e que não sejam apenas "wishful thinking".
Bom dia,
ResponderEliminarVou fazer um comentário um pouco atrasado, mas os quadro que mostra parecem referir-se apenas a serviços integrados.
Isso quer dizer que exclui uma grande parte das despesas do Estado, normeadamente SFA's, E.P.E.s, etc?
Parabéns pelo interesante blog.