sábado, 20 de abril de 2013

Portugal já pagou 1.700 milhões em juros e comissões à 'troika'


Estado recebeu mais de 60 mil milhões de euros de financiamento da 'troika', mas a ajuda internacional tem um preço. Dilatar as metas do défice também vai implicar mais financiamento.
O empréstimo da 'troika' já custou aos cofres do Estado 1.701 milhões de euros. Entre juros e comissões, o custo do resgate de 78 mil milhões de euros negociado com a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional já dava quase para construir duas pontes Vasco da Gama, e fica acima do buraco orçamental criado pelas quatro normas declaradas ilegais, pelo Tribunal Constitucional.
Em cerca de dois anos - desde Maio de 2011, a Fevereiro deste ano -, o Estado entregou 1.370 milhões de euros em juros à 'troika' e outros 331 milhões de euros só em comissões, mostram os números do Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público. Em contrapartida, a República já recebeu, até ao momento, 63,3 mil milhões de euros para suprir necessidades de financiamento a que os mercados não estavam a dar resposta, revelam dados reunidos pela Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), no último relatório sobre a dívida pública.
Apesar do custo da ajuda internacional, estes encargos são, ainda assim, pequenos quando comparados com o total dos juros e comissões pagos para sustentar a restante dívida pública: nos mesmos dois anos, o Estado português suportou encargos de quase 13.700 milhões de euros. É que o stock de dívida directa do Estado já ultrapassou a barreira dos 200 mil milhões de euros em Fevereiro.
Recorde-se que em Novembro de 2011, em resposta a uma pergunta do deputado comunista Honório Novo, o Ministério das Finanças revelou que a totalidade do resgate iria custar 34.400 milhões de euros em juros e comissões
Fonte:  Diário Económico

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