segunda-feira, 16 de março de 2009

A formiga no carreiro.


Como foi afirmado na primeira mensagem deste blogue, "O Vinculo":
“Todas as posições são pessoais, válidas e aceitáveis desde tomas em consciência e com conhecimento.”

Hoje acrescentaria:
“Todas as posições são pessoais, válidas e aceitáveis desde tomas em consciência, com conhecimento e coerência

Nos serviços onde trabalho, à semelhança de outros serviços espalhados por este pais fora, fez-se uma reunião da inspecção tributária.

Uma reunião onde cerca de 50% (dado tão preciso como as estatísticas do INE), desconheciam as profundas implicações das reformas em curso.

Os restantes, tendo lido as leis em questão, viam reunidas na inspecção tributária as condições do art.º 10 da Lei 12 A/2008.

Alertados para a perda do vínculo, do direito a faltas férias e licenças, a indignação foi geral.

Iniciaram-se então o "debate" (onde também tomei parte):

“ - A Inspecção Tributária é o parente pobre do STI, e que este nada tem feito para a defender”.
“ - O STI tem uma postura conformada com a perda do vínculo, aconselhando a assinatura dos novos contratos, sem mais.”
“ - Necessidade para abertura de procedimentos de impugnação judicial pelos próprios inspectores”
Greves, manifestações , cartas abertas …etc etc etc

Verificou-se a consciencialização de que:

“3 – Sendo o principal visado pelas medidas, devo tomar uma posição activa na defesa dos meus direitos.”

No dia 13, em coerência com a tomada de consciência da necessidade de uma defesa activa dos direitos, FIZ GREVE.

Desde que adquiri o direito à greve (há quem o não tenha ), nunca o tinha exercido.

Infelizmente hoje, estão para mim, reunidas todas as condições para o seu exercício, pois poucas coisas existiram numa relação laboral de maior importancia do que o Vinculo.
Fiz greve independentemente da organização que a convocou, facto que para mim é indiferente mas não irrelevante.

Para quem, como eu, esteve na dita reunião pensava que iria ser acompanhado por 80% dos presentes no exercício à greve.

No entanto…

Serei eu a formiga ? E em sentido Contrario ?

9 comentários:

  1. Será para fazer vista grossa a situações como esta, ou análogas, que querem tirar o vínculo e impor SIADAPs torpes? Reflicta-se um pouco ...

    "Meia centena de pastas cheias de fotocópias do Diário da República e de índices dos diplomas fotocopiados é praticamente tudo a que se resume o trabalho pelo qual o Ministério da Educação (ME) pagou cerca de 290 mil euros ao advogado João Pedroso (mais cerca de 20 mil a dois colegas). Os caixotes de papelão que guardam as pastas encontram-se no chão de uma sala poeirenta, vazia e fechada à chave, do 5.º andar do ministério, encostados a uma parede, sem qualquer uso ou préstimo.

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  2. Nesse caso também eu, Fernando Cortes, serei formiga, (de outro formigueiro, se quizerem), mas com vontade própria (apartidário), e defensor da C. R. P., descontente e considerado injustiçado pelas interpretações das Leis, pela falta de CORAGEM e VONTADE de separar quem quer produzir e defender os superiores interesses deste PAÍS, daqueles que apenas querem "um tacho". Devido a essa falta de CORAGEM e VONTADE, criam-se Leis que mais uma vez colocam no mesmo "saco" quem produz e quem apenas quer um emprego para a vida.

    Os colegas desconhecem que há greve???
    Os "Sindicatos" 'distrairam-se' e não informaram os '''trabalhadores'''????

    OK... eu estou descontente!!!

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  3. Fomos todos espectadores!!!
    Espectadores são os que esperam. E quem espera não age.
    Dizem: Mas e o STI?
    Claro que eles tem uma responsabilidade acrescida pela posição e legitimidade que o voto lhes deu.
    Mas como se vê, esperar (...) para enfrentar a fera nem sempre foi, a melhor estratégia!

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  4. Temos que exigir uma APIT responsável, unificadora, interventiva, presente e activa na defesa dos interesses da IT.

    Devemos exigir (não só nestas alturas de luta, mas em todo o tempo!) à Direcção da APIT mais trabalho e resultados, e principalmente agora, que seja ela, que tome a liderança desta luta por uma classe, que penso, desempenha uma função muito importante no meio sócio-económico do País.

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  5. Não creio que o STI defenda, ou venha a defender, os interesses da IT, pelo que nunca me sindicalizei. Acredito na APIT. Espero que essa instituição consiga crescer, legitimar-se, ganhar solidez e independência - facto que não será do agrado do STI. Sei que esta posição é defendida por grande parte dos Inspectores que se recusam a ser meros cobradores de impostos e acreditam na criação de um corpo inspectivo independente e abrangente à semelhança do que acontece no resto da Europa. Espero pela criação de um site da APIT, com areas de acesso reservadas a sócios, onde possamos debater livremente.

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  6. Vínculo + Lei de Responsabilidade Civil Extracontratual + SIADAP (80 % com base em números) = ???

    Só digo isto e pensem o que quiserem: "deixem-nos trabalhar, deixem-nos trabalhar..."

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  7. Mais uma formiga está a chegar.

    Para mim o STI não defendeu, não defende, nem nunca defenderá correctamente os interesses da IT.

    Os Sindikatos são organizações corporativas, que visam defender quem os elege, logo como a maior parte dos colegas da IT não é sindicalizada, e somos muito poucos no universo DGCI, para este Sindikato a IT não é relevante.

    Por isso temos todos que construir uma APIT mais forte e interventiva. Contem comigo...

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  8. Tal como a maioria de vós, só tomei conhecimento da greve do dia 13...quando cheguei a casa às 19H00, vindo directamente do serviço (valerá a pena trabalhar mais ?!). Onde estava o STI para nos avisar desta greve (e de outras) e para nos alertar de todos os impactos que toda esta legislação nos vai afectar ? É o STI que anda a dormir, ou querem-nos deixar todos a dormir até tarde (demais)?

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  9. Se os outros dormem acordemos nós.
    Espero que este bloque sirva de despertador ;).

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